Em 2012 realizamos dentro das atividades da Associação PlanaBH, uma prova e Pylon Racer de planadores de colina com grande sucesso. Em 2013 resolvemos sofisticar um pouco mais criando um formato de campeonato, com a realização de quatro provas que somam pontos para uma premiação total no final do ano.
As provas anteriores foram direcionadas com regulamentos próprios visando proporcionar a participação do maior número de pessoas sem a necessidade de planadores específicos à modalidade de Slope Racer, mas separando em categorias tornando a disputa mais justa.
No entanto logo percebemos que seria mais fácil utilizarmos regras e sistema de pontuação já definidas e testadas da modalidade FAI Slope Racer Glider chamada F3F. Assim porque não assumirmos logo o objetivo de desenvolver a categoria no Brasil?
Aceitamos assumir o desafio transformando e adequando a nossa Copa Pylon para o regulamento FAI, mas mantendo as categorias diferenciadas com pequenas adequações que permitiriam uma maior participação sem a necessidade de grandes investimentos em planadores de performance para quem quiser experimentar e competir no formato.
Criamos uma logo que representasse a categoria de forma abrangente, estimulando outros grupos de voo, clubes de aeromodelismo e Estados a se juntarem ao PlanaBH no desenvolvimento da categoria.
Apresentando e oferecendo a belíssima logo criada pelo amigo Leonardo Horta, gostaríamos de convidar os planadoristas de todo o Brasil a adotarem também o projeto "F3F Brasil" tornando-o um projeto verdadeiramente nacional, através da organizando provas regionais no formato FAI, ou seja, padronizadas em todos os eventos.
Com as provas regionais iremos adquirir experiência para desenvolvermos em um futuro próximo uma liga nacional regulamentada, e quem sabe evoluirmos para um Nacional Oficial reconhecido pela FAI.
As regras internacionais da FAI F3F já estão traduzidas para o português, disponível em anexo para facilitar o entendimento.
Em resumo a realização da prova é muito simples. Duas bases na borda do morro distantes 80-100 metros formam o circuito em que serão realizadas 10 pernas perfazendo uma distância total de 800–1000 metros. São corridas individuais cronometradas. Como equipamentos são necessárias apenas duas marcas de base como cones ou bandeiras, dois apitos e um cronômetro de mão. Equipamentos auxiliares para o melhor andamento dada prova seriam três comunicadores tipo "Talk About".
Colocamos-nos à disposição para compartilhar a pouca experiência que já adquirimos e nos esforçaremos inclusive para participar das provas organizadas em outros estados.
Os sócios Cristiano Athayde e Vladmir Campolina estão em fase final de desenvolvimento de um cronômetro especifico para a prova como os utilizados nas provas FAI internacionais, baseado no sistema Arduíno. Uma vez terminado e testado, o projeto será disponibilizado gratuitamente para os interessados em construir o seu, tornando o custo bem acessível. O cronômetro especifico é de simples operação e facilita muito o andamento da prova, pois controla os tempos iniciais de abertura da volta, a contagem das pernas e consequentemente o tempo final da volta.
O registro dos tempos, com a conversão automática dos pontos, pode ser realizada no site
http://www.f3xvault.com/, totalmente online com qualquer dispositivo móvel (celulares, tablets, notebooks, etc.) com acesso a internet e com visualização da classificação imediata em tempo real.
Sobre as categorias:
A regra FAI não especifica características construtivas ou mínimas dos modelos a participar da modalidade, apenas características máximas, como peso máximo, área alar máxima e características do pod por questões de segurança. Desta forma uma pessoa com um Easy Glider, por exemplo, estaria apta a participar de uma prova, sem, no entanto ser competitiva em relação a moldados de performance específicos, que são relativamente caros e pouco acessíveis.
Para tornar a categoria mais atrativa, a solução foi dividir a categoria de forma não oficial. Criamos uma categoria de entrada chamada F3F Light, em que a participação esta limitada a planadores até 2 metros, com asas construídas exclusivamente de isopor ou balsa, sem laminação ou materiais compostos (fibras de vidro, carbono ou kevlar), que não sejam de função exclusivamente estrutural (longarinas, por exemplo). Exceções poderiam ser feitas a modelos que respeitando a envergadura, tenham objetivo e desempenho semelhante aos da categoria, como os Fling sem modificações.
Nesta categoria a distancia entre os cones estaria limitada a 80 metros, tornando a prova mais ágil de acordo com a performance dos modelos adequados. Demais regras seriam as FAI. Objetivo principal da categoria é divulgar e estimular o formato FAI F3F. Motoplanadores (Easy Glider elétricos, por exemplo) podem ser utilizados, desde que em momento algum o motor seja acionado (da decolagem ao pouso).
A segunda categoria seria a F3F propriamente dita, aberta a qualquer tipo de planador puro, com regras e regime de voo seguindo integralmente a FAI. Esta categoria terá uma premiação diferenciada fazendo jus ao investimento realizado nos modelos, sendo esta a ela o alvo do projeto.
O Leonardo Horta se dispôs a cotar e assumir a confecção de camisas padrão com a logo F3F Brasil, e já esta aceitando encomendas no link
https://www.facebook.com/groups/planabh/ Nos próximos dias estaremos concentrando as informações colhidas e a adequação final das categorias que utilizaremos nas provas em BH para referência.
Entrem no
http://www.planabh.com.br/forum/viewtopic.php?f=33&t=233 e terão acesso para as regras FAI (muito importante o entendimento delas) e demais informações a respeito.
Quem aceita o desafio?